Gestão e Lucro Recorde: Isto É destaca investimentos do Projeto Cerrado em Ribas do Rio Pardo
Leia, na íntegra, a reportagem especial do site Isto É Dinheiro, publicada nesta sexta, 7 de outubro:
Custo mais baixo e lucro recorde
Com receita líquida de R$ 41 bilhões, Suzano registrou Ebitda de R$ 23,5 bilhões e geração de caixa operacional de R$ 18,8 bilhões. Solidez permitiu adquirir empresas e anunciar ciclo de R$ 19,3 bilhões em aportes até 2024.
Os números alcançados em 2021 comprovam que estamos prontos para colocar em curso o maior ciclo de investimentos da história da empresa”, afirmou Walter Schalka, presidente da Suzano, ao comentar o resultado financeiro recorde da companhia. Na última linha do balanço, a empresa acumulou resultado líquido positivo de R$ 8,6 bilhões no ano. Para Schalka, parte desse resultado é uma combinação de preço e câmbio. “Nós somos produtores de commodities e houve uma evolução de preço no mercado global que nos ajudou, assim como o câmbio médio do ano passado, bastante positivo para uma empresa que exporta mais de 90% do volume”, disse. Apesar da modéstia ao atribuir os resultados a fatores externos, o executivo reconhece que a Suzano tem acumulado ao longo dos anos ganhos significativos por meio do aumento da eficiência. “Temos obsessão por continuar evoluindo. Somos o produtor de celulose de menor custo global e ainda não estamos satisfeitos com isso”, afirmou o presidente da companhia.
Para ganhar ainda mais em produtividade e redução de custos, foi anunciado um conjunto de investimentos que poucas empresas no mundo têm condições de realizar. O maior deles é a construção de uma nova fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS). Ao custo estimado de R$ 19,3 bilhões (até 2024), ela será a mais competitiva linha de produção da Suzano, além de ser um projeto estruturado a partir de avanços na frente ambiental. A planta integra o Projeto Cerrado e se soma a outros investimentos iniciados em 2021 que prosseguem ao longo deste ano. Entre eles está a aquisição da totalidade das participações societárias detidas por empresas titulares de ativos imobiliários e negócios nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo, envolvendo uma área de 206 mil hectares. A operação, segundo a Suzano, soma US$ 667 milhões, montante a ser pago até 2023. Quase a totalidade das operações das empresas adquiridas já é explorada pela Suzano por meio de contratos de parceria florestal celebrados em 2013. Além dessas áreas, a empresa adquiriu outras, totalizando cerca de 300 mil hectares para produção de eucalipto. “A Suzano tem um balanço financeiro sólido, de forma que a transação não representa risco para o Grau de Investimento, dado que o montante não é significativo e será desembolsado em parcelas”, afirmou o diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores e Jurídico, Marcelo Bacci, ao comentar os investimentos.
PLANTANDO O FUTURO A empresa também concluiu recentemente um terminal de cargas no porto de Itaqui (RS) e inaugurou uma fábrica de papéis sanitários em Cachoeiro de Itapemirim (ES). Com investimento de R$ 130 milhões, a unidade pode produzir 30 mil toneladas anuais de papéis higiênicos, o que equivale a 1 milhão de rolos por dia. Outro investimento relevante, segundo o presidente Walter Schalka, é na área de plantio de árvores. Atualmente, 1,2 milhão de mudas de eucalipto são plantadas por dia pela empresa. “Estamos sempre plantando o futuro, e esse é o maior programa do setor no mundo. Nunca ninguém plantou tanta árvore na história”, disse o presidente. Em paralelo, as fábricas de Aracruz (ES) e Jacareí (SP) estão passando por obras de retrofit.
Mesmo com tudo isso ocorrendo em paralelo, é no Projeto Cerrado que reside a grande inovação da Suzano em termos de ganho de eficiência e aumento da competitividade global. A fábrica terá capacidade par produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano, ao menor custo de todo o sistema da empresa. “Além disso, será a nossa fábrica mais verde, sem uso de nenhum derivado de petróleo”, afirmou Schalka. Uma nova tecnologia de conversão de gás de madeira em eletricidade permitirá alimentar toda a produção e ainda exportar 180 megawatts de energia por ano. Hoje, a obra demanda 5 mil operários, número que chegará a 10 mil em poucos meses, com alto impacto na cidade, que até recentemente tinha uma população de 20 mil habitantes. Segundo Schalka, a geração de empregos irá além da construção. “É uma planta com todas as características econômicas, ambientais e sociais coerentes com a proposta de valor da Suzano”, afirmou. E que irá gerar divisas para Brasil, de forma sustentável, por décadas.
Por Celson Masson/istoedinheiro.com.br
Por: Rio Pardo News