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Peão que salvou grupo no Pantanal de MS achou que drone era disco voador

Peão que salvou grupo no Pantanal de MS achou que drone era disco voador

Pantaneiro disse que nunca tinha visto um drone, que rezou muito, e pensou que seria abduzido.

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O peão Dacionir Souza da Silva, de 44 anos, conhecido como "Branco" no Pantanal de Mato Grosso do Sul, pensou que o drone que o localizou a 4 km de distância do local de partida se tratava de um disco voador.

"Eu escutei um barulho, começei a olhar para o céu e vi um negócio preto, que foi se aproximando. Na hora meu coração gelou, fiquei paralisado e começei rezar. Eu achei que era um disco voador e que seria levado desse mundo" disse o peão.

Dacionir conta que mesmo muito assustado resolveu pegar o papel que estava preso ao drone. Era o bilhete com o pedido de socorro e a localização da equipe de uma produdora de vídeos que estava com a caminhonete atolada e sem comunicação no meio da maior planície alagável do mundo.

Como trabalha desde a adolescência no Pantanal, Branco sabia com exatidão onde o grupo se encontrava. Ele foi em direção à equipe de moto, e na sequência, contou com ajuda de um tio que levou um trator para desatolar o veículo e ajudar o grupo a chegar ao local de gravação.

Solidariedade Pantaneira

G1 ouviu outros moradores do Pantanal sul-mato-grossense, eles disseram que veículos atolam com frequência na região, principalmente nesta época do ano. João Bosco Lara, era o guia que levava o grupo. Ele explica que no Pantanal ninguém nega ajuda a quem se aventura pelas trilhas.

"Aqui no Pantanal todo mundo ajuda todo mundo, se o carro para o meio da estrada é só procurar uma fazenda que sempre tem alguém com um trator pra socorrer, é uma tradição nossa", conta Bosco.

Ele ainda afirma que já foi ajudado de várias maneiras, porém, nunca com a ajuda da tecnologia.

O resgate

 

Uma equipe de uma produtora de vídeos com sede em Campo Grande chegou cedo na região do Parque Estadual do Rio Negro, umas das mais bonitas e isoladas do Pantanal. O grupo contava com produtor, cinegrafista, guia e motorista e seguia até uma fazenda para a captação de imagens que seriam usadas em documentário, quando um imprevisto aconteceu: A caminhonete atolou. Nem mesmo todo o esforço do motorista e a tração 4x4 do veículo foram capazes de resolver o problema.

O grupo ficou preso em uma região sem sinal de celular. Após 2 horas de espera surgiu a ideia de usar o drone para pedir socorro. O dono do equipamento escreveu e amarrou um bilhete no drone. A mensagem dizia: "Estamos atoladados na entrada da Fazenda Santa Luzia. Nos ajude!"

O operador do drone levou o equipamento a 4 km de distância e conseguiu localizar o peão Dacionir Souza da Silva, que estava consertando a cerca da fazenda em que trabalha.

Por G1/MS

Imagem da Galeria O guia João Bosco Lara disse que não acreditou que o drone poderia ir tão longe (Foto: Betinho Escalante / Arquivo pessoal
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