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Suzano firma contrato para venda de 21 mil hectares de propriedades rurais

Suzano firma contrato para venda de 21 mil hectares de propriedades rurais

Em Ribas do Rio Pardo, a fábrica de celulose será a mais competitiva do mundo.

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A companhia de papel e celulose Suzano anunciou, em comunicado enviado agora pouco ao mercado, que firmou acordo para a venda de 21.066 hectares de propriedades rurais, localizadas na região central do Estado de São Paulo, para as empresas Bracell SP Celulose e Turvinho Participações.

Segundo a companhia, parte da operação será por meio de venda e outra parte por cessão da Suzano ao compradores dos contratos de arrendamento. No acordo, os compradores adquiriram as florestas já estabelecidas e as em crescimento e se comprometeram a comprar volume de madeira adicional por R$ 1,05 bilhão.

A transação está sujeita a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Suzano afirmou em nota que a operação “está alinhada com o plano de desalavancagem anunciado ao mercado e confirma a disciplina financeira na execução de sua Política de endividamento”.

Depois, o presidente da companhia, Walter Schalka, reforçou em entrevista ao Valor que a venda de florestas e terras para a Bracell Celulose, que está ampliando a capacidade de produção de celulose da antiga Lwarcel, e para a Turvinho Participações em uma operação de mais de R$ 1 bilhão reforça a disciplina financeira da Suzano. Praticamente 100% do valor da transação será recebido assim que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Com o negócio, a Suzano cumpre mais uma meta que havia estabelecido após a fusão com a Fibria, mas num prazo bastante inferior ao previsto: vender R$ 1 bilhão de reais em ativos não estratégicos em cinco anos. A companhia já havia fechado a venda de florestas em São Paulo para a Klabin por R$ 400 milhões no fim do ano passado e, agora, embolsa mais de R$ 1 bilhão na transação com a Bracell. “Entregamos todos os pontos estabelecidos”, afirmou o executivo.

Os recursos, conforme Schalka, vão reforçar o caixa da companhia, que projeta um cenário mais benigno para os preços da celulose em 2021. Apesar do ciclo de baixa da fibra, em 12 meses até setembro, a Suzano reduziu seu endividamento em US$ 1,2 bilhão. A Suzano mantém a meta de chegar ao fim de 2021 com alavancagem financeira de 3 vezes em dólares, frente a 4,4 vezes no fim de setembro.

Conforme Schalka, a Suzano permanece diligente em relação à disciplina financeira e vai construir a fábrica de celulose de Ribas do Rio Pardo (MS) assim que as condições financeiras permitirem. “Nós vamos fazer esse projeto”, disse o executivo, ao ser questionado sobre o volume de projetos anunciados para a América do Sul nos próximos anos.

Em Ribas do Rio Pardo, a fábrica de celulose será a mais competitiva do mundo, dado o baixo raio médio. A construção da unidade, que ainda não foi anunciada, levará entre 26 e 27 meses.

(Com conteúdo publicado originalmente no Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor)

Por: Valor Investe

Imagem da Galeria Foto: Andrei Luiz/All Drone's
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