Professora escapa da morte ao ter casa atingida por tiros; ex é apontado como autor do atentado
Uma professora moradora do bairro Vila Nova, em Ribas do Rio Pardo (MS), foi vítima de atentado a tiros na noite desta terça-feira, dia 20.
As primeiras informações dão conta que a professora está na varanda de sua casa quando foi surpreendida pelo ex-marido.
"Eu tava sentada ouvindo o hino com os pé na mesa, aí ele chegou a pé. Ele falou alguma coisa e eu virei, quando eu vi que era ele e quando eu levantei ele ergueu a camiseta e levou a mão e eu vi que ele tava armado, aí eu abaixei o quanto eu pude e entrei correndo, aí deu os dois tiros", conta.
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Os disparos atingiram a parede, bem ao lado do batente da porta. No Facebook, a filha da professora publicou fotos e pediu ajuda.
Ao Rio Pardo News a professora disse ainda que os vizinhos também ouviram e viram ele sair com a caminhonete. "Ele foi a pé, deixou a caminhonete na rua lateral".
Imediatamente acionadas, Polícia Militar e Civil estiveram na casa no local do crime, colheram informações e, até o fechamento desta matéria, realizam buscas pelo autor do crime.
O CASO
O ex-companheiro da professora foi preso em 25 de março, suspeito de praticar os crimes de ameaça, injúria e posse irregular de arma de fogo.
Segundo apurado, por não aceitar o término de um relacionamento de 2 anos e 6 meses, o suspeito passou a proferir diversas ameaças de morte contra a vítima, dizendo que, caso ela não quisesse conversar com ele ou não reatar a relação, morreria. O suspeito disse, ainda, que mataria os filhos da vítima.
Em razão dessas ameaças, a vítima chegou a registrar boletim de ocorrência no dia 23/03/2021 junto à Delegacia da Mulher em Campo Grande. Mesmo após o registro do B.O., o suspeito continuou ligando para a vítima por diversas vezes, seja lhe perturbando, seja lhe proferindo ameaças e injúrias. Em um áudio de 24/03/2021, com 17 minutos e 16 segundos, o suspeito disse, em resumo, para a vítima tomar cuidado, pois seria questão de tempo para ela morrer. No áudio, ele confessa a posse de arma de fogo.
Contudo, um dia depois, o denunciado teve o alvará de soltura concedido pelo Juiz de Direito Idail de Toni Filho, que entendeu que a prisão preventiva não caberia no caso, tendo em vista que: “Não há clamor público acerca dos fatos, tampouco existem evidências de que o indiciado buscará obstar a aplicação da lei penal ou a prejudicar o desenvolvimento da instrução criminal”.
Por: Rio Pardo News