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Reunião define rumo de terceirizados em fábrica de Ribas do Rio Pardo

Reunião define rumo de terceirizados em fábrica de Ribas do Rio Pardo

Trabalhadores protestaram na segunda-feira (12) às margens da BR-262 em Ribas; trânsito no local ficou tumultuado

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Por Primeira Página

Trabalhadoresterceirizados da empresa Enesa, responsável por parte da construção da indústria de celulose em Ribas do Rio Pardo, se reúnem nesta terça-feira (13), para ouvir a proposta da contratante, e se entre elas, está o pedido de equiparação salarial pedido pela categoria. A polícia está no local para acompanhar a reunião.

O protesto começou porque em Ribas do Rio Pardo, o Corpus Christi não é feriado, e sim, ponto facultativo. Os trabalhadores dessa empresa disseram que só trabalhariam se ganhassem como feriado, ou seja, com acréscimo de 100% da diária. O protesto surtiu efeito e eles conseguiram o benefício, mas aí veio outra reivindicação, a equiparação salarial.

Nesta manhã, os trabalhadores voltaram a se reunir na frente da obra, em uma assembleia improvisada.

Conforme apurado pelo Primeira Página, um gerente da empresa chegou a prometer essa equiparação aos trabalhadores, mas ele acabou desligado da Enesa.

O grupo não têm o apoio de nenhum sindicato porque, segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria da Construção e do Mobiliário de Mato Grosso do Sul, José Abelha Neto, a Enesa conseguiu uma liminar na justiça proibindo manifestações no local com o risco de prisão dos responsáveis, além de R$ 20 mil aos organizadores.

José Abelha também disse que o acordo coletivo assinado em março não prevê a equiparação. Durante a reunião na manhã de hoje, a empresa está propondo pagar as custas de demissão e passagens para os colaboradores que não quiserem mais ficar na obra.

A estimativa, de acordo com a federação, é que um terço dos manifestantes, ou seja, 1 mil trabalhadores acertem a rescisão e voltem para casa. 

A Enesa não se pronunciou, oficialmente, sobre a situação de hoje. A Suzano voltou a ressaltar que exige das empresas que atuam na construção da sua nova fábrica em Ribas do Rio Pardo o cumprimento rigoroso à legislação trabalhista e ao acordo sindical vigente, seguindo ainda rígidas normas da empresa relacionadas a condições de moradia, alimentação, saúde e bem-estar de cada colaborador.

No caso da empresa Enesa, que é uma entre as mais de 300 empresas que atuam hoje no projeto cerrado, a Suzano informa que está acompanhando de perto as tratativas da liderança, junto aos seus trabalhadores.

Confira a nota da Suzano na íntegra:

“A Suzano informa que teve início, na manhã desta segunda-feira (12/06), um movimento de trabalhadores da empresa Enesa que se deslocaram até o canteiro de obras do Projeto Cerrado

para conversar com a liderança da própria Enesa. Esse movimento se restringe a um grupo de

colaboradores dessa única empresa, das mais de 300 que prestam serviços nas obras do empreendimento.

A companhia ressalta que exige das empresas que atuam na construção da sua nova fábrica em Ribas do Rio Pardo o cumprimento rigoroso à legislação trabalhista e o acordo sindical vigente, seguindo ainda rígidas normas da Suzano relacionadas a condições de moradia, alimentação, saúde e bem-estar de cada colaborador(a).

A companhia informa que está acompanhando a situação junto aos gestores da empresa Enesa e que as obras seguem sem interrupções com a participação de mais de 9 mil trabalhadores das outras empresas prestadoras de serviço do empreendimento”, finaliza a nota. 

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