Socorristas do Samu não param mesmo com prefeito desonrando acordo em Ribas do Rio Pardo
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As primeiras informações da manhã desta terça-feira, dia 21 de junho, dão conta que o Samu – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, segue seu atendimento normalmente. Quem garante é Cleiton Bueno, Diretor do Hospital Municipal de Ribas do Rio Pardo (MS).
O impasse se dá, em virtude de documentos assinados por sete dos oito condutores socorristas (Comunicação ao Prefeito e Nota a População), emitidos na noite desta segunda-feira, dia 20 junho, não foram cumpridos.
Entretanto, o socorrista que deveria assumir a condução da viatura às 6h, cumpriu o ‘fio do bigode’ e não compareceu, conforme previsto na escala. O condutor socorrista que assumiu o plantão nesta manhã, foi justamente o único que não havia assinado o documento.
Segundo os socorristas, o prefeito João Alfredo Danieze (PSOL), não teria honrado acordos previamente estabelecidos em 1º de abril de 2022.
Nesta segunda (20), em resposta ao comunicado, o prefeito elencou alguns pontos para justificar a falta de valorização dos profissionais que salvam vidas em Ribas do Rio Pardo. Ainda no documento direcionado aos socorristas, João Alfredo solicitou que não houve paralisação, bem como, se colocou à disposição para tratativas conciliatórias.
Veja, na integra, a Nota a População:
NOTA A POPULAÇÃO
Em 01/04/2022 os Condutores Socorristas do SAMU estiveram reunidos com o Prefeito Municipal em seu gabinete, juntamente com o Secretário de Saúde, situação em que foi fechado acordo sobre uma negociação que se arrastava desde o ano passado.
Na ocasião, foi discutida e questionada a hora plantão paga, que é no valor de 7,25. Esse valor é muito inferior ao valor da hora trabalhada de concurso, cuja hora varia de 14,95 a 20,00.
O Prefeito ofereceu por sua livre e espontânea vontade o pagamento através de horas extras, cujo valor iria variar de 15,00 a 22,00, de acordo com o tempo de concurso.
Na ocasião, o Prefeito pediu a compreensão que precisaria de 60 dias para realizar os estudos de impacto financeiro e alterar a tabela, o que foi prontamente aceito, dando-lhe voto de confiança para não deixar a população desassistida de tão importante serviço.
Passados 80 dias não foram implementados os estudos, tampouco as mudanças, o que motivou mais uma vez o pleito junto ao chefe do executivo municipal.
Nos surpreendeu a resposta, onde ele afirma que o acordo tratava apenas de uma “conversação inicial sobre a possibilidade”, afirmação que refutamos. Da mesma maneira que é inconcebível a comparação feita sobre a média salarial dos socorristas, que são somadas de horas extras, plantões do SAMU, sobreavisos, auxílio alimentação e outras verbas. Há profissionais que ficam fora de plantões, fins de semana, feriados e fazem viagens fora da escala para atender a demando, o que justifica uma remuneração maior. Não é por isso que ele deve receber R$ 174,00 brutos para ficar 24 horas aguardando o chamado de emergência no SAMU.
O número e atendimentos e a gravidade das ocorrências aumentaram muito no último ano, principalmente em casos envolvendo violência e acidentes, e os profissionais aumentaram sua carga de risco e stress, e isso merece reconhecimento.
Os profissionais esgotaram todas as vias e iniciativas para que os serviços de Atendimento Pré-Hospitalar não fossem afetados, porém, diante da negativa do cumprimento do acordo previamente estabelecido, não resta outra alternativa senão retirarem seus nomes da escala de plantão.
Esperamos que a situação possa ser resolvida em breve.
Por: Rio Pardo News